Os escritos gnósticos que revelam supostos “ensinamentos secretos” de Jesus merecem alguma credibilidade?
26-12-2017 13:20
Por diversas vezes já analisamos neste site como uma das grandes metas das elites é reescrever a verdadeira história, sendo que um dos grandes objetivos de tal é preparar as pessoas para a aceitação da grande farsa religiosa que servirá de base para a Nova Ordem Mundial. Farsa essa que como sabemos apresentará um futuro líder mundial como um novo Messias que se dirá descendente de Jesus e governará o mundo por um curto período de tempo com o objetivo de destruir a humanidade.
Carta do famoso jogo "illuminati card game" intitulada; "Reescrevendo a história" como meta illuminati
Ora, para que tal seja possível será necessário desconstruir todo o relato bíblico e construir uma “realidade alternativa” que terá que compatibilizar todas as crenças religiosas atuais (ecumenismo) e ainda os dogmas “científicos” evolucionistas para incluir os céticos e ateus na espiritualidade. Já por diversas vezes falamos sobre como isso será feito e não será esse o assunto aqui abordado [para quem quiser mais pormenores veja (1)], o que aqui será visto é mais uma das formas que atualmente tem sido bastante usada para ir manipulando as mentes humanas para a aceitação dessa tal realidade alternativa.
"Evangelhos" da Bíblia (canónicos) ou gnósticos, quais os verdadeiros?
VS
Frequentemente vemos a mídia corporativa a avançar “novas descobertas” de supostos evangelhos que contradizem os relatos da Bíblia (patentes nos chamados evangelhos canónicos). E como é óbvio tais supostos achados são sempre promovidos e divulgados na mídia corporativa, seja em jornais, revistas, TV (em canais temáticos como o History ou o National Geographic) muitas vezes sem se questionar a credibilidade, a origem ou a motivação de quem redigiu os mesmos, dando apenas a conhecer o lado que lhes é conveniente mostrar.
National Geographic e Canal História (canais dominados por grandes grupos económicos das elites) têm atualmente em suas grelhas televisivas vários programas de promoção a evangelhos alternativos com uma nítida agenda das elites que os controlam, muitas vezes usam a Bíblia apenas para a descontextualizar e trazer dúvidas sobre a sua mensagem.
Foi assim com o “Evangelho de Judas”, que promovia o traidor de Jesus – Judas - a herói, e também foi assim com supostos papiros que falavam que Jesus era casado e que posteriormente foram classificados como falsificações.
Revelado em 2006, "O evangelho de Judas" teria sido escrito por Judas Iscariotes, o odiado traidor de Jesus. Ao contrário do que contam os quatro evangelhos canônicos, Judas seria o discípulo mais fiel e próximo de Cristo. Segundo o relato, o mestre ordena ao seu favorito que o denuncie e guarde o segredo dos colegas. Uma impossibilidade à luz do que lemos na Bíblia, pelo que alguém mente.
Aqui analisaremos os chamados “EVANGELHOS GNÓSTICOS” que têm atualmente sido bastante falados na mídia corporativa pois servem de base a muitas das teorias anti-Bíblia atuais
Os evangelhos gnósticos
"Eles estão fazendo um tremendo sucesso. Inspiram filmes milionários e best sellers. São adotados por seitas cristãs, geram religiões, dão origem a teorias conspiratórias.” — SUPER INTERESSANTE, REVISTA BRASILEIRA DE NOTÍCIAS
Edição da revista Superinteressante em que são divulgados supostos "Evangelhos Proibidos", mas foram apenas divulgados evangelhos gnósticos com o objetivo de descredibilizar a Bíblia e sujar a imagem de Jesus. se ajustando aos propósitos daqueles que buscam justificação para difamar Jesus Cristo, solapar a Bíblia e ridicularizar aqueles que confiam no evangelho.
Afinal qual o motivo de tanta empolgação? A revista Super Interessante comentava que recentemente tem surgido muito interesse e atividade em torno de uma coleção de supostos evangelhos, cartas e apocalipses descobertos em meados do século XX em Nag Hammadi e em outros lugares no Egito. Esses e outros documentos desse tipo são geralmente chamados de escritos gnósticos ou apócrifos. Alguns estudiosos gnósticos chegaram até a afirmar que esses textos recentemente descobertos são a história verdadeira de Jesus em vez do Novo Testamento. Mas será que a fé deles nesses documentos bate com as evidências históricas? Vamos olhar com mais detalhes para ver se conseguimos separar a verdade da ficção.
O " Evangelho Gnóstico de Tomé" encontrado em Nag Hamadi apresenta Jesus como alguém mau e vingativo, responsável por vários assassinatos. Como sabemos a Bíblia apresenta Jesus como Messias, "Salvador" e anti qualquer tipo de resposta violenta. Ele próprio afirma em Lucas 9:56 quando os seus discípulos procuravam respostas mais violentas: "[Pois o Filho do Homem não veio para destruir as vidas dos homens, mas para salvá-las.] "
Numa época em que as pessoas são céticas a respeito da Bíblia e das religiões ortodoxas, os escritos gnósticos ou apócrifos parecem ter uma boa recetividade. Esses escritos têm influenciado bastante o modo como muitos encaram os ensinos de Jesus Cristo e do próprio cristianismo. Como comentou certa revista: “O Evangelho de Tomé e outros apócrifos falam ao coração de um contingente que não pára de crescer nos tempos atuais: os ávidos por espiritualidade, mas desconfiados da religião.” Refira-se que esta posição até merece a nossa compreensão, pois realmente o sistema religioso está muito infiltrado e contaminado, mas isso não invalida de se procurar quais os textos que oferecem mais garantias de serem verdadeiros, até porque é possível crer e seguir a Bíblia fora do sistema religioso. Mas voltando aos textos calcula-se que só no Brasil “há pelo menos 30 grupos cujas crenças são baseadas nos apócrifos”.
Houve uma conspiração da igreja católica para alterar a Bíblia?
A descoberta desses documentos popularizou várias teorias. Uma delas é a de que no quarto século d.C. a Igreja católica fez uma conspiração para esconder a verdade sobre Jesus; outra diz que alguns relatos de sua vida apresentados nos escritos apócrifos foram ocultados e que os quatro Evangelhos nas Bíblias atuais foram alterados. Como veremos essas teorias não tem qualquer fundamento, existindo várias provas históricas do contrário.
Mas é interessante se comentar o fato duma conspiração porque na verdade ela existiu e ainda existe para denegrir os textos bíblicos, mas não da forma acima exposta e sim na sua incorreta intepretação aliada a tentativas de descredibilização dos textos.
Conforme já analisamos em:
Bíblia, porque podemos e devemos crer nas escrituras (act.3)
www.nunes3373.com/news/biblia-porque-podemos-e-devemos-crer-nas-escrituras-/?utm_source=copy&utm_medium=paste&utm_campaign=copypaste&utm_content=http%3A%2F%2Fwww.nunes3373.com%2Fnews%2Fbiblia-porque-podemos-e-devemos-crer-nas-escrituras-%2F
Os textos bíblicos da maneira como os temos hoje são a base do livro da antiguidade históricamente mais credível a que temos acesso, existindo várias provas que a Bíblia, tal como a conhecemos, é históricamente confiável e que com o passar dos séculos não sofreu alterações que provoquem incorretas interpretações aos textos quando, obviamente, estes são lidos sem dogmas ou preconceitos e devidamente contextualizados.
Chegaram até nós mais cópias do Novo Testamento (N.T.) do que qualquer outro texto da antiguidade, cópias antigas de outros livros contemporâneos do N.T. contam-se pelos dedos das mãos, ao passo que existem mais de cinco mil textos em grego, dez mil em latim e nove mil e trezentos em outras línguas do novo testamento que remontam aos primeiros três séculos, alguns documentos até anteriores à existência do catolicismo, pelo que a teoria que a igreja católica alterou os textos não procede.
Mais ainda, o tempo decorrido entre o original e a primeira cópia chegada até nós é de apenas 300 anos para todo o novo testamento, por outras palavras de um ponto de vista de relato histórico as provas dos acontecimentos sobre os quais se baseia o cristianismo bíblico são muito mais documentadas e sólidas do que qualquer outro acontecimento histórico da antiguidade, logo quem duvidar dos mesmos terá obrigatoriamente que duvidar de toda a história contada até ao fim do primeiro milénio depois de Cristo pois documentalmente nada oferece tantas garantias.
Mas quanto aos gnósticos/apócrifos temos apenas uma fonte e poucos textos que provém apenas duma seita da antiguidade que se denominava Gnóstica.
Os Gnósticos
Os evangelhos gnósticos foram atribuídos a um grupo conhecido como os “Gnósticos”. Seu nome vem da palavra grega gnosis que significa “conhecimento”. Essas pessoas afirmavam ter conhecimentos secretos e especiais, ocultos das pessoas comuns. Com a propagação do cristianismo, os gnósticos combinaram algumas doutrinas e elementos do cristianismo com suas próprias crenças, transformando o Gnosticismo em uma mescla de conceitos místicos e cristãos. O gnosticismo foi (e ainda é) uma teosofia com muitos ingredientes. Ocultismo e misticismo oriental combinam-se com astrologia e mágica. Eles integram os ensinamentos de Jesus e acomodam-nos em sua própria interpretação oferecendo aos seus membros uma forma alternativa ou rival de cristianismo.
Satanás, desde o princípio, promete conhecimento, mas nunca dá toda a verdade aos seus servos. O conhecimento gnóstico é recheado de mentiras que procuram descredibilizar a Bíblia
Mas é importante que tenhamos presente que a guerra de Satanás contra Deus existe desde o início do mundo e com o advento de Jesus era necessário para Satanás arranjar formas de descredibilizar e arranjar alternativas místicas aos evangelhos cristãos tentando desvirtuar os seus ensinamentos, sendo que uma das formas foi inspirar o gnosticismo. E como sempre, algumas verdades eram ditas, pois uma mentira só é bem contada se tiver algum fundo de verdade, mas mentiras sutilmente introduzidas e que atacam pilares do cristianismo foram inseridas, tais como:
- Jesus não seria o Messias (Cristo) Salvador, mas sim apenas um “mestre” evoluído meramente humano.
- Tentativa de colar o Deus do Velho Testamento (a quem Jesus sempre chamou Pai e credibilizou como o verdadeiro Deus) ao mal.
- Promoção de Maria Madalena à mais importante dos discípulos insinuando uma ligação amorosa com Jesus.
Maria Madalena é apresentada na Bíblia meramente como uma discípula respeitadora de Jesus, sem nenhum relacionamento mais privado, mas contrariamente ao que a Bíblia apresenta o evangelho gnóstico de Filipe (além de declarar que “Deus é um devorador de homens”) apresenta Maria Madalena como possível companheira de Jesus. É neste texto que se baseiam os que acreditam existir uma linhagem de descendentes de Cristo. Soa familiar? O apócrifo influenciou "O Código Da Vinci" do simpatizante maçom e satanista Dan Brown que recentemente abordamos em nossos artigos.
Ora como vemos este tipo de mentira é bastante semelhante ao que hoje os New Agers e Maçons tentam introduzir na sociedade, pelo que não é de espantar que a mídia tanto promova estes textos que são ouro sobre azul para os planos satânicos da Nova Ordem Mundial.
Mas que confiabilidade nos oferecem estes textos quando comparados aos Evangelhos Bíblicos?
Em primeiro lugar como vimos a nível de quantidade de cópias os textos bíblicos simplesmente arrasam com os textos gnósticos e apócrifos sendo este argumento o mais forte de todos imperando a lógica, mas há mais:
Primeiros Críticos
Uma pequena linha filosófica gnóstica já crescia no primeiro século, apenas décadas depois da morte de Jesus. Os apóstolos, em seus ensinamentos e escritos, condenaram fortemente essas crenças como opostas à verdade de Jesus, de quem foram testemunha. Veja, por exemplo, o que o apóstolo João escreveu perto do fim do primeiro século:
Quem é o mentiroso? Senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.
1 João 2:22
Autores Misteriosos
Com relação aos evangelhos gnósticos, cada livro leva o nome de uma personagem do Novo Testamento: O Evangelho de Filipe, o Evangelho de Pedro, o Evangelho de Maria e assim em diante. Mas será que eles foram mesmo escritos por seus supostos autores? Vamos dar uma olhada. Os evangelhos gnósticos são datados de 110 a 300 anos depois de Cristo e nenhum académico credível acredita que algum deles poderia ter sido escrito por seus homónimos.
No abrangente “A Biblioteca de Nag Hammadi” de James M. Robinson, vemos que os evangelhos gnósticos foram escritos por “autores desconhecidos e independentes”.
O estudioso do Novo Testamento Norman Geisler escreve: “Os escritos gnósticos não foram escritos pelos apóstolos, mas por homens do século dois (ou posterior) com intenções de usar a autoridade apostólica para divulgar seus próprios ensinos. Nos dias de hoje chamamos isto de fraude e falsificação”.
Mistérios versus história
Os evangelhos gnósticos não são relatos históricos da vida de Jesus, mas sim declarações esotéricas, envoltas em mistério, que deixam de fora detalhes históricos como nomes, locais e eventos. Este é um contraste marcante com os evangelhos do Novo Testamento que contém diversos fatos históricos sobre a vida, ministério e palavras de Jesus.
A maioria dos estudiosos concorda com a visão da igreja antiga de que o Novo Testamento é a história autêntica de Jesus!
O estudioso do Novo Testamento Raymond Brown comentou dos evangelhos gnósticos: “não conhecemos nenhum novo fato verificável sobre o ministério de Jesus, apenas algumas novas declarações que podem ter sido dele”.
Portanto, mesmo que os textos gnósticos tenham impressionado alguns estudiosos, sua data tardia e autoria questionável não se comparam ao Novo Testamento. Tal contraste entre o Novo Testamento e os textos gnósticos é devastante para os que apoiam os últimos. O historiador do Novo Testamento F. F. Bruce escreveu: “não há obra de literatura antiga no mundo que goze de tamanha riqueza de comprovação textual do que o Novo Testamento” .
Conclusão
Aqui expusemos então os fatos que demonstram a “credibilidade” que nos devem merecer estes “evangelhos” que a mídia insiste em promover, coisa que nunca vemos fazer com a Bíblia (a não ser para a criticar), ou com descobertas como as dos textos do Mar Morto que a credibilizam (2) ,antes pelo contrário.
Além de terem sido escritos por desconhecidos que se faziam passar por apóstolos de Jesus, estão ligados a uma seita ligada ao ocultismo e misticismo que procurava denegrir a obra de salvação e divindade de Jesus, eles ainda se alinham perfeitamente nas crenças que as elites pretendem introduzir na sociedade de forma a promover a “Nova Ordem Mundial”, como por exemplo Jesus não ser o Messias e ter tido um relacionamento amoroso com Maria Madalena.
É claro que cada um é livre de acreditar no que quiser mas apenas a Bíblia oferece provas da fiabilidade de transmissão dos textos originais acrescido ao facto das palavras de Jesus que encontramos nos textos bíblicos serem de tal forma transformadoras que por si mesmo se autenticam e o credibilizam como ÚNICO FILHO UNIGÊNITO DE DEUS, O MESSIAS!
Este ponto é importante pois não se pode crer nos textos bíblicos e nos gnósticos em simultâneo, pois em inúmeros pontos, alguns fundamentais, eles se contradizem. Ainda que em alguns textos possam ter pontos de contacto, os pontos em que se contradizem são totalmente irreconciliáveis.
Assim para quem quer a verdade o nosso conselho é que por si mesmo investigue tudo isto e tire as suas próprias conclusões, até porque com certeza a mídia continuará a empurrar estes textos e suas mentiras, mas uma coisa é certa: Aquele que criou os céus e a terra com certeza tem poder para manter a sua palavra incólume ao longo da história humana, não necessitando de manter nada em oculto durante séculos e muito menos a salvação proveniente da sua transformadora palavra.
Nota Final
Neste artigo abordamos apenas os escritos apócrifos gnósticos encontrados em Nag Hamadi (não confundir com os escritos encontrados no Mar Morto em Qumran) e não outros como o livro de Enoque que nada tem a ver com o gnosticismo, saiba mais sobre o assunto em referências (2).
"Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto."
João 18:20
Referências:
(1) NOVA ORDEM MUNDIAL BREVE EXPLICAÇÃO
www.youtube.com/watch?v=bd9-8e0Ek7c
(2) Os Manuscritos do Mar Morto e as origens humanas (act.2)
https://www.nunes3373.com/news/os-manuscritos-do-mar-morto-as-origens-humanas/
Fontes:
Por que você pode confiar nos Evangelhos da Bíblia
www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/wp20100301/confiar-evangelhos-da-biblia/
Os evangelhos gnósticos
file:///C:/Users/Jos%C3%A9/Pictures/Saved%20Pictures/Banco%20do%20Brasil_files/Gnosticos.pdf
O que são os evangelhos apócrifos?
mundoestranho.abril.com.br/religiao/o-que-sao-os-evangelhos-apocrifos/