A farsa da tumba perdida de Jesus (Talpiot) e sua conexão ao código Da Vinci e ao Anticristo – Parte 3 (Os nomes nos ossuários) (act.)
01-05-2015 16:27
Leia primeiro:
A farsa da tumba perdida de Jesus (Talpiot) e sua conexão ao código Da Vinci e ao Anticristo – Parte 1 (Introdução e recentes desenvolvimentos)
https://www.nunes3373.com/news/a-farsa-da-tumba-perdida-de-jesus-talpiot-e-sua-conexao-ao-codigo-da-vinci-e-ao-anticristo-parte-1-introducao-e-ultimos-desenvolvimentos/
A farsa da tumba perdida de Jesus (Talpiot) e sua conexão ao código Da Vinci e ao Anticristo – Parte 2 (As falácias)
https://www.nunes3373.com/news/a-farsa-da-tumba-perdida-de-jesus-talpiot-e-sua-conexao-ao-codigo-da-vinci-e-ao-anticristo-parte-2-as-falacias/
Parte 3
Nesta 3ª parte debruçar-nos-emos sobre a possibilidade dos nomes encontrados no túmulo de Talpiot serem efectivamente os de Jesus de Nazaré, sua família e as possíveis implicações.
8. Os nomes encontrados nos ossuários
8.1-É Mariamenon, Maria Madalena?
Inscrição no ossuário de Talpiot
Myriam de Magdala
Em todos os documentos do primeiro e segundo século que referem Maria Madalena, assim como a Bíblia Peshitta aramaica e ainda todos os evangelhos escritos em hebraico como o Shem tov, demonstram que o nome original de Maria Madalena é Miryam de Magdala, ou seja seu nome era Miryam e nem se chamava Madalena e sim era originária de Magdala, uma aldeia na Galileia (1).
Um primeiro problema para os cineastas Cameron e Jacobovici:
O nome escrito no ossuário não tem nada a ver com Maria Madalena ou Maria de Magdala!
Na verdade, a inscrição no ossuário diria algo como “Mariamenon e Mara”.
Maria Madalena não era chamada de “Mariamne” nem “Mariamenon” (nome gravado no ossuário); o seu nome era Maria (Miryam).
Somente no livro apócrifo de origem duvidosa, Atos de Felipe (que só foi encontrado em 1974) foi achado um pseudo-argumento para tentar justificar esta tese. Neste apócrifo “Mariamne” é usado para se referir a uma discípula de Jesus que acompanha Felipe, mas que pode ou não ser Maria Madalena (ainda assim o nome encontrado nesse documento é Mariamne e não Mariamenon).
Ou seja, o filme simplesmente ignora inúmeros documentos que identificam Maria Madalena como Miryam e dão crédito a apenas um documento de origem muito duvidosa encontrado em 1974 e que nem sequer há certeza que o nome lá encontrado se refere a Maria Madalena!
A tentativa de forçar o nome por parte de Cameron é tão escandalosa que mesmo o descobridor do manuscrito, François Bovon, se distanciou destas alegações (2).
E Mara, o que significa?
Cameron alega implausivelmente que o nome “Mara”, que se segue ao nome gravado no ossuário, seja a transliteração grega da palavra aramaica para “mestre”, mas entre os especialistas não existe essa opinião. Um dos especialistas entrevistados por James Cameron e Simcha Jacobovici, Stephen Pfann (3), veio já desmentir que a inscrição "Mariamenon e Mara", possa ser lida como "Maria, (conhecida como) a Mestre". Segundo este paleógrafo da Universidade da Terra Santa, os autores do documentário teriam identificado mal o ossuário em que afirmam estar Maria Madalena. Para Pfann, a inscrição deve ser traduzida como "Maria e Marta", contendo, por isso, restos mortais de duas mulheres. A primeira palavra, "Mariamenon", terá sido escrita no Grego da altura (séc. I) e a segunda e terceira palavras num estilo cursivo, por isso, mais tarde e por outro indivíduo.
Não há fundamento para se recorrer à transliteração do aramaico quando o primeiro nome está em grego se nos estivermos a referir à mesma pessoa. Para justificarem o facto do nome "Mariamne" estar escrito em grego, os realizadores transformam a pequena localidade de Magdala, no Mar da Galileia, num "importante centro de comércio" em que se falava grego, mas várias outras inscrições da altura atestam que "Mara" aparece como uma abreviatura de Marta.
Para terminar eu pergunto: Seria normal numa comunidade e época em que a mulher era ainda bastante inferiorizada socialmente ter o ossuário de Maria Madalena o título de Mestre e o de Jesus não?
Deixo à sua consideração…
Sendo assim a suposição de que Mariamenon (nome no ossuário) seja realmente Maria Madalena é totalmente improvável e quanto a mim (e aos especialistas) totalmente ficcional.
8.2- Está o nome "Jesus" escrito em algum ossuário?
Em primeiro lugar, sequer está claro que o nome gravado no ossuário seja “Jesus”. Eis um fac-símile da inscrição:
É possível distinguir as palavras “filho de José”, mas o nome inicial à direita é como rabiscos de uma criança feitos com lápis na parede, somente uma ou duas das quatro primeiras letras são parcialmente legíveis. De todas as inscrições é a que pior foi feita— rabiscada— com falta de visibilidade ou luz aparente. As outras aparentam ter sido feitas fora do túmulo na antiguidade e são feitas com mais profundidade. “Jesus, filho de José” é suspeita, como se tivesse sido feita dentro do próprio túmulo, sendo completamente irrealista um ossuário de alguém com a importância de Jesus de Nazaré ter uma inscrição tão mal feita quanto esta.
Stephen Pfann não tem sequer a certeza de que o nome ” Jesus ”/ Yeshua no ossuário foi lido corretamente, dado que a antiga escrita semita é difícil de ler. Ele até acha que é mais provável que o nome seja ”Hanun” e refere que as inscrições “Yeshu, filho de Yosa” já tinham sido encontradas em vários outros ossuários ao longo dos anos pois estes eram nomes muito comuns na época.
Kloner afirmou que, das 900 tumbas encontradas num espaço de 4Km na cidade velha de Jerusalém da mesma época, o nome de Yeshua foi encontrado 71 vezes, e que “Jesus, filho de José” também foi encontrado muitas vezes.
Dado ao fato de que os arredores de Jerusalém provavelmente superavam uma população de 100.000 habitantes, havia provavelmente em torno de 5000 ou mais homens com esse nome nas proximidades de Jerusalém.
Verdadeiro nome de Jesus
Mas mesmo que o nome do ossuário fosse realmente” Yeshua”, ainda assim este não era o verdadeiro nome de Jesus de Nazaré. Segundo a Bíblia José foi informado por um anjo que a criança que Maria esperava tinha sido concebida pelo Espírito Santo e deveria ser chamado Jesus porque ele salvaria o povo dos seus pecados:
"E dará à luz um filho e chamarás o seu Nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados."
Mateus 1:21
Ora realmente o único nome que pode ser enquadrado de acordo com os manuscritos bíblicos em hebraico e aramaico é:
YAOHUSHUA = YAOHU (NOME do Pai - Deus) + SHUA
Nomes escritos em hebraico, Yaohu (Pai), Yaohushua (Filho)
O Prof. Buchanan diz a respeito do Nome Divino: "Em nenhum caso se omite a vogal oo ou oh. A palavra era às vezes abreviada como ‘YaH’, mas nunca como ‘Ya-VeH’. ... Quando o Tetragrama era pronunciado com uma só sílaba, era ‘YaH’ ou ‘YoH’. Quando era pronunciado com três sílabas, era ‘YaHo.VaH’ ou ‘YaHooVaH’. Se fosse alguma vez abreviado a duas sílabas, teria sido como ‘YaHo’." - ''Biblical Archaeology Review''.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Jeov%C3%A1
O verdadeiro significado da palavra hebraica “SHUA”
O significado etimológico da palavra hebraica “SHUA” é “GRITO DE SOCORRO”. Ou seja, SHUA é um grito, clamor por socorro.
Isto significa que quando uma pessoa confessa ou clama o Nome Yaohushua, ela se torna objeto da atenção de Deus pois ela literalmente está dizendo, clamando, gritando por socorro (YAOHU SOCORRO).
Como diz a Bíblia: "Todo aquele que invocar o Nome YAOHUH será salvo..."
Esse Nome indica que Ele salvaria Seu povo dos seus pecados, tal como as escrituras indicam em:
"E dará à luz um filho e chamarás o seu Nome YAOHUSHUA (corrompido como "Jesus"); porque ele salvará o seu povo dos seus pecados."
Mateus 1:21
As traduções e adulterações do nome nos manuscritos bíblicos gregos têm tido como objectivo ocultar o verdadeiro nome do criador e seu filho, mas ainda assim actualmente algumas Bíblias são fiéis ao nome original e como deve ser lido e interpretado, como por exemplo a Bíblia VIN e em Inglês a Sacred Scriptures Bethel Edition, algumas traduções da Peshitta aramaica também conservam o nome original.
Não que usar o nome adulterado "Jesus" me incomode muito, mas neste caso de análise ao ossuário de Talpiot este fato se torna de primordial importância pois confirma a fraude!
Saiba mais sobre este importante assunto nas referencias em (4).
Ausência de marcas cristãs
Tentando justificar supostos simbolos cristãos em Talpiot, Simcha Jacobovici e James Tabor revelaram um ossuário encontrado numa tumba vizinha da de talpiot alegando que este seria um símbolo de um peixe vomitando um homem (relembrando a história bíblica de Jonas e a baleia), mas até isso foi revelado como fraude pois a imagem revelada por eles sofreu arranjos (photoshop) e na verdade representava uma ânfora, saiba mais (5).